Quando nascemos já temos nossa primeira identidade, o nome. Alguns pais passam nove meses em busca de nomes e significados na crença de que pode influenciar na personalidade do filho. Outros poupam tempo e escolhem na primeira ideia. Tem pai e mãe que prá homenagear parente ou amigo coloca no pequeno ser o mesmo nome, só por amor, dos pais e homenageados, porque muitas vezes é até um insulto ao filho, mas tudo bem...pulamos essa parte...
Mas chega um momento na vida da gente em que já não sabemos mais como é nosso nome. No meu caso quando a Natália começou a falar, e a primeira palavra foi "mãe", daí em diante a palavra foi a mesma. Há seis anos ela sofre algumas variações "Mãti", "Mómis", "Mã", "Mamã". De tanto ouvir essas palavras não sei mais como me chamo.
Mas minha crise de identidade começou quando a Naty começou a frequentar a escola. De "Mãti", "Mómis", "Mã", "Mamã" passei a ser a "Mãe da Natália". E de lá prá cá quando me perguntam meu nome fico pensando o que dizer, demoro tanto que quando dou por mim estou no vácuo.
Isso é só um desabafo de quem necessita realmente saber quem é. Ah, se eu pudesse voltar no tempo, anotaria o nome que meus pais me deram pra hoje poder dizer com certeza quem eu sou.
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