quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

À caminho do Everest

Estou aqui prá compartilhar algumas observações feitas pelo alpinista brasileiro conhecido mundialmente, Rodrigo Raineri. De acordo com a mídia ele já subiu no cume do Everest três vezes. Mas segundo ele foi apenas uma, as outras duas eles chegou bem perto, mas não foi.

Rodrigo esteve hoje no Centro Cultural de Jaraguá do Sul para falar sobre suas experiências. Em volta de toda apresentação ele projetou imagens lindas de suas viagens pelo mundo e sua contribuição para descobertas históricas brasileiras.

O que mais me chamou atenção foi a forma simples como ele encara a vida. Subir picos montanhosos não é para qualquer um. Para qualquer um mesmo não é chegar no topo mais alto do mundo.

Rodrigo esteve em Jaraguá do Sul para compartilhar com os empresários a importância do planejamento das ações. Tá, tudo bem, assunto batido. Mas ele falou algo que todos que já passaram por aqui ainda não elencaram: a importância da educação social e a evidência de valores.

Ele não levou em consideração os valores concretos, mas sim a necessidade de valorar, sim, valorar, dar um sentido mais humano ao valor que se dá àqueles que nos cercam, para que possamos dar continuidade aos nossos sonhos.

Imaginem que Rodrigo levou seis anos sonhando em subir no pico do Everest, fato consumado em 2008. Dois anos ele passou planejamento o projeto. O alpinista levou um mês para completar a expedição, sete dias de escalada e, vejam bem, 10, eu disse 10 minutos no pico do Everest.

Quando me deparo com uma situação dessa sempre lembro de Raul Seixas em "Ouro de Tolo" dizendo já ter conseguido o que queria, e agora não podia ficar parado porque tinha uma porção de coisas para conquistar.

Tudo bem que escalar o Everest não foi fácil, como dizia Raul, (risos), mas o bacana da parte de Rodrigo foi a declaração de que o mais importante não foi chegar ao topo, mas sim todo o processo que o levou até chegar lá.

O aprendizado, as perdas, o medo, se deparar com o limite do limite da sobrevivência faz qualquer um rever todos os valores e condutas. Faz o ser humano se tornar mais humano.

Penso que cada um de nós deveria viver o dia-a-dia como se tivesse à caminho do Everest, se deparar com seus medos, valorar as pessoas que nos cercam, e quando chegar no topo, voltar e começar tudo de novo. Porque é o desafio que desafia o homem a ser cada dia melhor.