Desde pequena ouço as músicas de Raul Seixas, maioria composta junto com o nada simpático Paulo Coelho. Entre tantos sucessos ouço até hoje uma música que pouca gente comenta e canta durante os shows de homenagem ao cantor, talvez pelo seu significado ou até mesmo por não gostarem.
Mas tem um ritmo diferente de todas as outras, é um tango, muito bem interpretado por sinal. A música é "Canto para minha morte", onde Raul e Paulo trazem em forma de melodia todos nossos questionamentos sobre os mistérios da morte.
A parte que mais gosto é quando eles citam um trecho da fábula a "Formiguinha e a Neve", obra universal adaptada por João de Barro, mais conhecido como Braguinha, grande compositor brasileiro de marchinhas de carnaval.
""Oh morte, tu que és tão forte, que matas o gato, o rato e o homem"
A frase mostra o quanto somos vulneráveis à morte. Mostra o quanto somos incapazes de tudo diante dela. Somos poderosos? Nunca fomos! A morte, só a morte é quem tem o maior poder de todos e não adianta lutar contra ela, ela sempre vence.
Concordo que a morte sempre deve ser lembrada, mas não pode ser vivida.
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