Privilegiadas

Quem já leu o livro Memórias de minhas putas tristes, do saudoso Gabriel Garcia Marques, sabe que ele classifica o amor da forma mais sublime que existe: incondicional e longe de qualquer ligação carnal entre homem e mulher. Claro que na idade em que ele se apresenta na história, 90 anos, o amor só pode ser assim. Não que o sentimento não esteja ligado ao sexo, mas pelas inúmeras provas que a vida lhe proporcionou, fazendo ele perceber o amor de outra maneira.

Enquanto somos jovens pensamos no sexo como fator primordial para o relacionamento, se estamos errados não sei, a única certeza que tenho é que enquanto existe o desejo entre o casal, não existe tempo ruim.

Mas a verdade seja dita! Quando o assunto é sexo nós mulheres somos privilegiadas. Na minha opinião os homens fazem sexo por necessidade. Isso mesmo! Necessidade. Só porque eles pensam em sexo durante as 24 horas do dia não quer dizer que são uns canalhas que não podem ver um rabo-de-saia. Tá, tudo bem, eles são bem saidinhos, sim. Mas a natureza contribui para que a situação seja um pouco mais delicada para eles.


Já nós mulheres fazemos sexo por desejo. Então na hora do "vamos ver" curtimos mais porque não vamos com tanta sede ao pote. Quando fazemos algo por necessidade as coisas viram rotina e quando as situações acontecem porque a desejamos, por mais que seja algo que aconteça frequentemente, nunca iremos enjoar.

Pode estar aí a explicação para eles serem assim tão mulherengos, mas nada disso é justificável.